Penas!
Foi numa manhã de Maio, que regressei de uma viagem. Viajei por terras longínquas, sempre procurando algo que nem eu sabia o quê. Durante todo o trajecto, me dei conta que me faltava viver um amor. Um amor intenso, pois se não for desta forma, não vale a pena, nem sequer procurar. Mas eu tive a sorte de te encontrar. Deves recordar-te o quão bela estavas. Não foi a tua beleza exterior que me encantou, mas a tua bondade, a vontade de amar, e tu deste-me o tal amor intenso, que eu tanto procurava. Deste nosso amor, nasceu o nosso filho. Fomos felizes. Aquela criança deu-nos ainda mais amor. Era a nossa razão de viver. Era a nossa alegria. Mas um dia o mundo desabou sobre nós. Recebemos a notícia mais triste da nossa vida. O nosso filho estava doente. Ele sofreu, nós sofremos. Mas Deus, não se lembrou do nosso amor, pois levou-o para junto Dele. Foram e são, muitas as lágrimas derramadas. A ferida mantém-se. O sofrimento é constante. Agora, somos só nós com o tal amor intenso, pois se não for desta forma, não vale a pena amar.
C.G.
Fevereiro/2007