Sexta-feira, 30 de Março de 2007

O Amor

O Amor
 
Do amor nascemos,
Com amor crescemos.
De amor vivemos
Pelo amor morremos.
 
Sem amor somos pobres,
De amor necessitamos.
De amor nos cobres,
Mas por ele lutamos
 
Sem luta estamos sós,
Mas com ela sofremos.
Por amor todos nós,
Nos magoamos e morremos.
 
Pelo amor que te tenho,
Com a força que te amo.
Meu amor eu me empenho,
Meu amor eu te chamo.
 
Quantas coisas tenho eu,
Que lutas posso ter.
Meu coração mexeu,
Já não posso mais te ver.
 
C.G.
 
 
publicado por Palavras Adiadas às 18:43
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Rosas

Rosas
 
Tu que foste Santa,
Tu que foste Rainha,
Por amor aos que nada tinham,
Para acalmar seu sofrimento
Oferecias alimento.
Nada te amedrontava,
Nem El-Rei teu esposo, temias.
Com teu amor pelos pobres,
Minha Rainha, foste o Bem.
Um dia, El-Rei,
Vendo-te com os pobres, te perguntou:
Que levais no regaço?
E tu, que nesse regaço levavas pão, disseste:
São rosas, meu Senhor!
E na verdade, quando largaste o manto
Como por encanto,
Rosas foram mostradas a El-Rei.
Por isso, és e sempre serás,
A nossa “Rainha Santa Isabel”.
 
C.G.
 
publicado por Palavras Adiadas às 15:11
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Quinta-feira, 29 de Março de 2007

Amanhecer

 
Amanhecer
 
A noite estivera calma.
Uma aragem varria a praia.
O cheiro da maresia era intenso.
Nós estávamos deitados.
A areia, ainda estava quente.
Não sei se do calor dos nossos corpos,
Ou se do calor do Sol do dia anterior.
Quando um novo dia rompeu,
Assistimos ao mais lindo espectáculo.
O nascer da aurora.
Por entre o recortado do horizonte,
O Sol levantava-se
Mas muito a medo.
Parecia que ainda tinha sono.
Mas não! Ele estava bem acordado!
Começava a ganhar altura.
Com toda a sua imponência.
A sua luz era forte, encandeava.
Mesmo assim era lindo.
Quanta beleza!
Só Deus poderia ter feito tal maravilha!
 
 
G.G.
 
Março/2007
publicado por Palavras Adiadas às 21:49
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Segunda-feira, 26 de Março de 2007

Triste espera!

Triste espera!
 
Sentei-me na soleira da porta,
Esperava o teu regresso.
Mas estavas demorada.
Que tristeza! Não chegavas!
Esta ânsia está a corroer o meu peito.
Por favor não tardes!
Necessito da tua presença,
Quanto mais não seja, só para te ver!
Era um fim de tarde, quente e calmo
O sol desaparecia por entre as árvores.
Uma brisa começou a fustigar-me na face.
Trazia o cheiro dos teus cabelos.
Eu esperava uma chamada tua.
Mas o silêncio reinava na nossa rua.
Todos já tinham recolhido.
Só eu, continuava sentado
Na soleira da nossa porta.
Esperava o teu regresso, mas tardavas!
Finalmente, vi que te aproximavas,
O meu coração bateu de alegria.
Quando te aproximaste
Beijamo-nos, com tanta intensidade
Que o fôlego me faltou.
Que bom, estamos de novo juntos.
Que alegria. Já posso gritar que...
És minha de novo!!!
 
C.G.
Março/2007                 
                   
 
publicado por Palavras Adiadas às 18:22
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Indiferença!

 

Indiferença!
 
Há pessoas que têm medo de armas.
Porque elas nos ferem,
Ou até nos matam.
Mas há uma arma
Bem mais mortífera,
que nos fere cá bem no fundo!
“A indiferença”!
Eu tenho medo!
Não há nada pior, do que sentirmos
Que há alguém, que nos é querido a
Tratar-nos com indiferença
Amamos!
Queremos alguém!
Esperamos uma palavra de amor!
Um carinho!
Mas em troca recebemos a indiferença!
Mas porquê?
Será que sou tão vil,
Para que mereça tamanho castigo?
Não me maltrates desta forma!
Por favor, dá-me um pouco de atenção!
Dá-me um pouco do teu amor!
Dá-me um pouco do teu carinho!
Poderei com tão pouco ser feliz?
Podes crer que mesmo com
Tão pouco, eu vou-te amar!
 
C.G.
 
Março/2007
 
publicado por Palavras Adiadas às 02:42
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Domingo, 25 de Março de 2007

Um dia de Verão

Um dia de Verão
 
Estava um dia quente de Verão. A criançada brincava
descuidada. Jogavam no jardim da cidade. Tudo usavam nas suas
            brincadeiras. Havia um grupo que se destacava. Não eram muitos. Mas eram bons amigos. O Carlos, o Filipe, o João Pedro e o Vasco. Moravam perto uns dos outros, por isso brincavam sempre juntos. Todos eles tinham o mesmo valor dentro do grupo. Eram espertos e inteligentes.
Naquele dia brincavam com os piões. Os gritos eram muitos.
Mas naquele momento alguma coisa os fez parar. Sentiram
movimentos dentro do canteiro das Margaridas.
Aproximaram-se e qual não foi o seu espanto, quando
encontraram um passarinho caído. As diferentes opiniões
logo saltaram.
- Vamos pôr outra vez no ninho! Disse o Vasco.
O Filipe sugeriu que o levassem para casa e dar-lhe de comer.
O Carlos e João Pedro, decidiram que o levariam para o
veterinário. Assim foi. Chegados ao médico, pediram que
visse o amiguinho que tinha caído da árvore. O passarinho,
foi visto e tratado.
Algum tempo mais tarde, o veterinário chamou os quatro
amigos e disse:
- A vossa acção é louvável. Vocês fizeram o que devia ser
feito. Olhem! Aqui está o vosso amiguinho. Já está bom!
Podem pô-lo a voar! Vou dar-vos esse prazer!
Assim fizeram! Mal abriram as mãos, o passarinho voou
bem alto!
Mas para alegria dos quatro amiguinhos, sempre que se juntavam a brincar junto ao canteiro das Margaridas, deixavam de ser quatro para serem cinco, pois o passarinho, o “Biquinho”,como passaram a chamar-lhe, vinha chilrear para junto deles.
Moral da história, nunca façam mal aos animais. Eles são
nossos amigos.
 
C.G.
 
Março/2007
publicado por Palavras Adiadas às 22:30
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Brincadeiras inocentes!

Brincadeiras Inocentes!
 
Os meninos, mas até lhes chamamos de “putos”, dão alegria à minha cidade. Quando passo junto à escola do meu bairro, a alegria e o contentamento, reinam dentro daqueles muros. São os meninos que até lhes chamamos de "putos". As suas brincadeiras são simples e sem maldades. O jogo da bola ou então gritam por causa de um pião ou de um berlinde, mas mesmo assim são ingénuos, são simples e sem maldades. Gritam “é pá isto é meu”. Alguns destes meninos, talvez mais os “putos”, depois da sua brincadeira simples e sem maldades, têm de regressar ás suas casas, onde têm pouco mais de um pouco de pão e uma púcaro de café, isto para enganar o seu pequeno estômago. Mesmo assim, continuam a ser ingénuos, simples e sem maldades. São filhos de gente modesta. À noite ao jantar, ficam mais contentes, porque já comem uma sopa aguada, para aquecer a sua frágil barriga, e vão dormir. Sonham com as brincadeiras do dia seguinte. Brincadeiras ingénuas, simples e sem maldades.
 
 
C.G. 
 
Fevereiro/2007

 
publicado por Palavras Adiadas às 19:36
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Sábado, 24 de Março de 2007

Desespero!

Desespero!
 
O desespero já me consome,
Já sinto que algo gira em meu redor.
Não sei distinguir o que é
Mas de uma coisa estou certo.
Algo de grave se passa.
O desespero leva-nos a enveredar
Por caminhos sem retorno.
Porque será que se inventam
Palavras que nos magoam?
Desespero é somente destruição!
Desespero! Que palavra!
Estou doente! Estou mal!
Sem ajuda, não chego ao porto de abrigo.
Por vezes não sei o que digo!
Estou mal, pessimamente mal!
Não consigo sonhar!
Não consigo pensar!
Não consigo dizer o que me vai na alma!
Creio que tenho a cabeça vazia!
Porque será?
Nunca me aconteceu!
É a primeira vez!
Nunca tinha sido posto à prova desta forma!
Estou triste! Dói-me o peito!
Dá-me vontade de gritar!
De gritar e nunca mais parar!
 
C.G.
 
Março/2007
 
 
publicado por Palavras Adiadas às 19:33
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Quando a tristeza me invade

Quando a tristeza me invade
 
Quando a tristeza me invade,
Fico com medo.
Mas este medo é diferente dos outros medos
Pelos quais já passei.
Tenho medo de não ser capaz de te olhar!
Não ser capaz de te falar!
Não ser capaz de te amar!
Este medo invade-me!
Não tenho vontade de nada.
O meu coração está vazio!
Tenho medo que ele perca a vontade de amar.
Mas porquê! Que me fazes tu!
Tenho medo de um dia não ser capaz de voltar.
Mas se isso acontecer,
Não será o vento, que me ajudará no regresso.
Só podes ser tu a fazê-lo!
Tu, com o teu carinho!
Aquele a que tu me habituaste.
Lembras-te? Possivelmente já não!
Não faças isso!
Não deixes que o nosso amor se apague!
Eu quero-te e tu queres-me!
Vamo-nos amar como dantes!
Só assim, eu perderei os meus medos!
 
C.G.
 
Março/2007
publicado por Palavras Adiadas às 07:50
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Sexta-feira, 23 de Março de 2007

Os Açores

Os Açores
  
Perdidas no meio do oceano,
Há nove princesas, que Deus lá colocou.
Cada uma com sua beleza,
Cada uma o seu povo amou.
 
Santa Maria,   nossa padroeira,
São Miguel, com tanto amor
Depois vem a Terceira,
São Jorge, nosso senhor.
 
Graciosa, ela é,
Faial, com seus costumes,
O Pico, é majestoso,
Flores... dos seus amores.
O Corvo, rigoroso.
 
É seu relevo acentuado,
Com sua aragem  de maresia.
Tem montanhas por seu lado,
E suas lagoas, quem diria...
 
Quanta beleza, encontrei,
Com seu povo descuidado.
Suas flores nascem de novo,
Com um perfume não igualado.
 
São nove as princesas,
São nove com seus  amores.
Por elas as certezas,
As ilhas dos Açores.
 
C.G.
  
Março/2007
 
publicado por Palavras Adiadas às 18:27
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Mas...

Mas…
 
 
Muitas vezes, quando me levanto,
Os meus pensamentos vão para ti.
Mas depois, penso,
Será que te amo?
Talvez sim, talvez não!
Quero-te ao meu lado!
Quero estar sempre contigo!
Quero amar-te!
Mas!
Porque será que há sempre um "mas"!
Será que tal palavra tem sentido?
Será que tal palavra, não é mais do que
Uma arma para nos ofender?
Para nos destroçar a alma?
Começo a odiar o “mas”!
Só me tem trazido angústia e sofrimento!
Quando me pergunto se me amas, há um "mas"!
Quando penso que te amo, logo vem o “mas”!

Quanta incerteza! Tantas dúvidas!

Que raiva! Que ódio!
Será possível amar sem ter a sombra do “mas”?
“Mas”, de angústia e de sofrimento!
Vou adormecer, e amanhã,
Quando acordar,
Quero fazê-lo sem a sombra do “mas”!
 
 
C.G.
 
 
Março/2007
publicado por Palavras Adiadas às 12:49
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Quem sou eu...

Quem sou eu…
 
 
Hoje acordei triste, sem saber o porquê, sentei-me e pensei,
A minha vida não tem nenhum sentido.
Por muito que procure, nada vem à minha mente.
Porque será que tudo se apagou.
Será que estou louco?
Não, não creio!
 Para ser louco, é preciso estar vazio de espírito.
Mas eu não estou vazio de espírito!
Sinto que cá dentro ainda há algo.
Será amor?
Penso que não, pois o amor,
Que tanto nos proporciona um viver feliz,
Como também nos pode destruir!
Quanto amor  eu tinha para dar!
Agora essa chama está a perder o seu brilho!
Está a tornar-se "passado"!
Estou confuso! Tenho a cabeça num turbilhão!
Meus pensamentos confundem-se.
Será loucura?
Penso que não! Mas o que será?
Por vezes dou comigo a vaguear pelos caminhos do desespero!
Mas porquê? Será que estou a perder a razão?
Não creio!
Não estou louco, mas também não estou bem!
 
C.G.
Março/2007
 
publicado por Palavras Adiadas às 07:51
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Quarta-feira, 21 de Março de 2007

Já não sei!

Já não sei!
 
 
Já não sei o que fazer,
Já não sei o que pensar.
Já não sei o que escrever,
Já não sei se vou parar.
 
Já não sei porque falo,
Já não sei porque te digo.
Já não sei se me ralo,
Já não sei se é castigo.
 
Já não sei se vou escrever,
Já não sei o que penso.
Já não sei se vou dizer,
Já não sei se esgotei,
Já não sei… Já não sei…Já não sei…
 
 
C.G.
 
 
Março/2007
 
publicado por Palavras Adiadas às 17:35
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A Lua

                     
A Lua   
 
 
Lua linda, branca e transparente,
Que alegras as noites da gente.
Com a tua luz ténue e clara.
Pelos amantes, amada,
Oh lua, que és a única,
Que confundida não serás.
É à noite que nos fazes
A companhia que queremos
Ao luar tu nos trazes
Um amor profundo e supremo.
Desde que te olho,
Que vejo eu desde então.
É de noite que recolho,
As ternuras que nos dás,
Minha lua tu serás,
Sempre minha inspiração.
Serás a minha musa,
E poeta eu serei,
Minha lua eu te amarei,
Não serás uma recusa,
Por isso minha musa,
Para ti eu viverei.
 
 
C.G.
 
 
Março/2007
publicado por Palavras Adiadas às 17:11
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Dia Mundial da Poesia

Palavras não Ditas!
 
Palavras não ditas,
São palavras não escutadas
Palavras do coração
São as palavras amadas
O coração quando fala
A qualquer um atinge
Mas com palavras não finge
O coração não cala.
Quando o amor chega,
Não deixa a amada indiferente
Pois que se cala não sente
O que o amor nos entrega.
Hoje não posso esquecer
O que o amor nos dita
Um coração que grita
Com palavras de amor
Num corpo que agita
Com sofrimento e dor.
 
C.G.
 
 
Março/2007
 
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publicado por Palavras Adiadas às 16:07
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Terça-feira, 20 de Março de 2007

Palavras Pensadas

Palavras Pensadas
 
 
Já não sou quem era,
Agora sou quem sou.
Nesta linda Primavera,
Uma andorinha voou.
 
Estar triste é meu castigo,
Ser feliz, eu bem queria.
Meu bem eu te digo,
Amar-te eu faria.
 
Estou cansado de amar,
E de não ser correspondido.
Mesmo assim eu te vou dar,
Meu amor, vou encontrar,
Um amor mal entendido.
 
Nos beirais dos telhados,
Aves cantam baixinho.
Nos jardins e nos trigais,
Flores nascem devagarinho.
 
Todas as aves cantoras,
Também amam seu par.
Aos seus filhos e progenitoras,
Elas continuaram a amar.
 
As flores, ah! Essas flores,
Que tão lindas elas são.
Mas com diferentes cores,
Essas sim, que bonitas são.
 
Por esperar seus amores,
Esses amores que consomem.
Um coração, que com dores,
Dessas que matam um homem.
 
 
C.G.
 
 
Março/2007
 
 
 
 
publicado por Palavras Adiadas às 16:40
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Segunda-feira, 19 de Março de 2007

Sofrimento

Sofrimento
 
Estou ferido de morte,
Já não sei o que fazer.
Maldigo a minha sorte,
Tudo pode acontecer.
 
A pessoa que amo,
Maltrata meu coração.
É a ela que chamo,
E o seu nome é maldição.
 
Dei-lhe tudo o que tinha,
Ela aceitou com desdém.
O meu corpo espezinha,
Ela para mim é ninguém.
 
Já pouco resta na vida,
Já não me interessa viver,
É uma causa perdida,
Só me resta morrer.
 
Uma morte figurativa,
Pois minha vida não merece.
Aquela figura furtiva,
Que depressa se esquece.
 
Uma certeza eu tenho,
Nesta vida de tristezas,
Pois nada mais espero.
Das dúvidas, quero certezas
 
J.G.
 
Março/2007
publicado por Palavras Adiadas às 22:48
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Fim

Fim

 

Como uma palavra tão pequena, pode ter dois significados opostos e tão fortes. Um é a esperança e o outro a dor. Temos sempre a esperança que qualquer doença, guerra ou uma outra calamidade tenha o seu fim. Mas também é doloroso saber que um grande amor vai acabar. Não quero pensar que um dia esse fim poderá fazer parte das nossas vidas. Custa-me aceitar que um dia tu possas aceitar esse fim. Lembras-te dos nossos passeios pela praia? Eu sentia a brisa do mar misturada com o teu perfume! Nunca vou esquecer. São estas recordações que alimentam o fogo do nosso amor. Quantos passeios demos de mão dada. Os nossos lábios se tocavam com beijos profundos. O mundo girava, mas nada importava. Nós ali estávamos, alheios ao mundo que nos rodeava. Como posso eu pensar, que um dia tudo isto possa acabar.  Pensa o quanto nos amamos e terás a força necessária para lutar contra essas três letras tão assustadoras. Ama-me como eu te amo e verás como podemos ser felizes para o resto das nossas vidas.

 

FIM

 

C.G.

 

 

 

Fevereiro/2007

 

publicado por Palavras Adiadas às 22:32
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Quinta-feira, 15 de Março de 2007

Que Saudades!

Que Saudades!

Era eu pequeno, e nas minhas traquinices próprias
da idade, divagava pela cidade, ora de amarelinho,
(como eu lhes chamava), ora nos elevadores, Bica, Glória ou Lavra.
Visitava todos os bairros. Ia desde Alfama até ao Bairro Alto. Brincava no Castelo,
e imaginava as lutas travadas contra os mouros para conquistar Lisboa.
As minha recordações são tantas. Que saudades da minha Lisboa de outrora!
Que saudades! Das varinas com a canasta à cabeça, anunciando com os seus pregões, o peixe fresco, que todas as manhãs chegava a bordo das traineiras. A sardinha, o carapau até o chicharro eram os peixes mais vulgares.
Que saudades! Dos ardinas, que também com os seus pregões, nos davam a conhecer as notícias desta terra.
Que saudades! Dos amoladores, que com a sua flauta, nos convidava a trazer as facas e tesouras para amolar. Se por acaso havia um alguidar rachado, também era reparado na hora. Eram utilizados uns grampos em forme de “U”. As suas ferramentas eram eles quem as fazia.
Também os chapéus-de-chuva eram eles quem reparava.
Que saudades! Da azafama matinal, que outrora nesta cidade era impressionante.
No mercado da Ribeira, à beira do Tejo, vendiam-se, desde as flores até às galinhas.
Os lisboetas menos afortunados juntavam-se, e iam até ao Terreiro do Paço, no antigo
Cais das Colunas, tentar a sua sorte à pesca. Lisboa tinha o cheiro do Tejo,
que misturado com outros, lhe dava um odor Característico,
do qual ainda hoje tenho saudades, e guardo dentro de mim.
Tenho saudades da minha Lisboa de antigamente.
Não posso esquecer-me da noite lisboeta.
Os cinemas e teatros estavam sempre cheios.
Os lisboetas andavam num corrupio de um cinema para outro. O Parque Mayer,
era um mundo diferente. Lá havia de tudo. Tantos Teatros e tantas diversões.
Hoje quando me sento a olhar para Lisboa, sinto uma melancolia, umas saudades do passado…
Que saudades!!!


C.G.

Março/2007
 
publicado por Palavras Adiadas às 07:11
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Quarta-feira, 14 de Março de 2007

Penas!

Penas! 

Foi numa manhã de Maio, que regressei de uma viagem. Viajei por terras longínquas, sempre procurando algo que nem eu sabia o quê. Durante todo o trajecto, me dei conta que me faltava viver um amor. Um amor intenso, pois se não for desta forma, não vale a pena, nem sequer procurar. Mas eu tive a sorte de te encontrar. Deves recordar-te o quão bela estavas. Não foi a tua beleza exterior que me encantou, mas a tua bondade, a vontade de amar, e tu deste-me o tal amor intenso, que eu tanto procurava. Deste nosso amor, nasceu o nosso  filho. Fomos felizes. Aquela criança deu-nos ainda mais amor. Era a nossa razão de viver. Era a nossa alegria. Mas um dia o mundo desabou sobre nós. Recebemos a notícia mais triste da nossa vida. O nosso filho estava doente. Ele sofreu, nós sofremos. Mas Deus, não se lembrou do nosso amor, pois levou-o para junto Dele. Foram e são, muitas as lágrimas derramadas. A ferida mantém-se. O sofrimento é constante. Agora, somos só nós com o tal amor intenso, pois se não for desta forma, não vale a pena amar.

 

C.G.

 

Fevereiro/2007

publicado por Palavras Adiadas às 23:43
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Mágoas!

Mágoas!
 
O nosso amor, que ontem era um grande amor,
Hoje não passa de uma recordação.
Eu sei que te fiz mal, mas estou arrependido
de te ter magoado tanto.
Perdoa-me. Eu não sabia que estava errado e
que te magoava daquela maneira.
Por tudo o que passaste, só tenho uma palavra,
PERDOA-ME.
Quando fecho os olhos, vejo-te como no primeiro dia.
Cabelo negro, que com o vento, abria e ondulava.
O cheiro da tua pele macia que era como a brisa do mar.
Os beijos que trocamos.
Ainda me recordo da nossa canção. Era linda!
Nós vivemos intensamente o amor que era cantado
nessa canção. Demos tantos anos das nossas vidas,
e agora, são tudo recordações.
Só quero manter os meus olhos fechados e sentir-te
ainda a meu lado.  Imaginar todos os nossos bons momentos.
Este arrependimento mata-me.
Na esperança que esta nuvem negra passe,
Mais uma vez te peço Perdoa-me!
 
C.G.
 
 
Fevereiro/2007
 
publicado por Palavras Adiadas às 23:37
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Perdido na Noite

Perdido na Noite
 
 
Na noite escura e fria, andava vagueando pelas ruas duma cidade desconhecida, como uma alma solitária. O meu corpo estava frio, perdido nesta cidade desconhecida, nesta noite escura e fria. Procurava um destino.
Por entre as gotas da chuva que caía, vi um vulto. Na esperança que fosses tu, aproximei-me, mas estava enganado, era somente um vulto.
Sentei-me e pensei, como será o teu rosto? Não consigo vislumbrar uma imagem, por muito ténue que fosse. Mas a minha esperança mantém-se.
Continuo sentado. Nesta cidade desconhecida, a noite ainda era escura e fria. Meu amor por onde andas, não te afastes, não me deixes nesta cidade desconhecida, nesta noite escura e fria e sentado na esperança de te encontrar. Vi o vulto que se esfumava.
Finalmente a manhã chegou. A cidade, afinal não era desconhecida, eu é que andava perdido, mas o meu corpo já não estava frio, pois finalmente e como que trazida pelo vento, deste-me um beijo, e os nossos corpos fundiram-se.
Hoje, somos um só corpo, que nada ou ninguém nos vai separar.
 
 
 
C.G.
 
 
Fevereiro/2007
publicado por Palavras Adiadas às 23:29
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O Mar

O Mar

O Mar estava calmo e as ondas rolavam na areia branca.
Era uma tarde amena de Verão.
Havia uma brisa com um cheiro a maresia.
As gaivotas esvoaçavam à procura do seu alimento.
Os barcos de pesca saiam do porto para a faina.
Que lindo! Tamanha imensidão.
Um mar tão lindo, que se pode
tornar num gigante destruidor.
Ah! Sorte de quem não tem de usar
esse gigante para viver.
Mas mesmo assim tem a sua beleza.
Quando o mar acorda e as sua ondas se levantam,
O barulho é ensurdecedor.
Por onde passa, deixa a sua marca.
Infelizmente, não é boa!
Coitados daqueles que são marcados
Por tão vil gigante.
Quantos morrem e outros,
que não mais são vistos.
Mas mesmo assim, quando se acalma, é lindo.
O mar não é mau. Ele só se zanga.
Ele nos abraça e nos afaga!
Por isso não lhe vamos chamar de
Mar mau!!!

C.G.

Março/2007 

publicado por Palavras Adiadas às 22:42
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Palavras Adiadas

Palavras adiadas!

 

As palavras adiadas,

São palavras não ditas.

Uma palavra que não é  dita,

Não pode ser escutada.

Fala  para que te entendam.

Ama, para que te amem!

Respeita, para que te respeitem!
As respostas não podem ser dadas,

Antes das perguntas serem feitas!
O Amor é assim.  

Quando o coração está repleto de amor,

É uma felicidade.

Ter alguém com quem repartir

O carinho, o amor e a compreensão,

É uma dádiva de Deus,

Que tem sempre retorno.

Faz um favor a ti mesmo e ama,

Mas ama com toda a força que tiveres

E verás a recompensa.

 

C.G.

Março/2007

 

publicado por Palavras Adiadas às 22:29
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