A Água
Na minha visita à montanha,
Lá num cantinho bem escondido,
Assisti ao teu nascimento.
Brotavas linda, límpida e serena.
Eras bem pequenina,
Parecias um fio de prata.
Depressa cresceste.
Vi como descias a montanha.
Serpenteando pelos vales e pradarias.
Pelo meio de vegetação ou campo aberto.
No caminho ias saltando de pedra em pedra.
Era lindo ver-te com as tuas brincadeiras.
As crianças brincavam contigo,
Tu lá continuavas sempre o teu caminho.
Mas continuavas linda e límpida.
Tu que nos abraças e alimentas,
Ninguém pode viver sem ti.
Tu és como uma rainha.
Só que, nem toda a gente te respeita.
Logo, não muito longe do sitio onde nasceste,
Alguém começou a tratar-te mal.
Um esgoto e logo a seguir outro esgoto.
Tu, que eras linda e límpida.
Nesse momento, deixaste de o ser.
Passaste a ser feia e turva.
Agora, ninguém brinca contigo.
Nem mesmo as crianças!
Todos os seres que viviam dentro de ti,
Deixaram de existir.
Quantas saudades tenho,
Daquele momento em que te vi nascer.
Tenho pena, pois já ninguém te respeita,
Embora precisem de ti.
Quando a vamos ter de novo,
Linda e límpida?
Talvez nunca!
Que pena!!!
C.G.
De αиjiинα1990 a 4 de Abril de 2007 às 13:44
ola....pois é o problema da poluiçao e do desrespeito pla natureza.....e agr se kisermos voltar cm tdo ao principio nca vamos conseguir voltar a ter o tinhamos antes deste problema.....é uma pena!!!
bjokas
1990
Amiga, creio que o tal dia nunca vai chegar porque o bicho homem, enquanto não destruír o nosso planeta, não pára. ~Mas não é agora que vamos perder a esperança da recuperação
Bjos.
De
Morgaine a 4 de Abril de 2007 às 21:05
“Água… Tu não tens gosto, nem cor, nem aroma; és impossível de definir. Saboreiam-te sem te conhecer. Não és necessária à vida: és a Vida. Penetras-nos dum prazer impossível de explicar pelos sentidos. Contigo reentram em nós todos os poderes a que havíamos renunciado. Por graça tua, abrem-se em nós todas as fontes secas do nosso coração.
És a maior riqueza que no mundo existe e também a mais delicada, tu que és tão pura no ventre da Terra. Pode morrer-se sobre uma fonte de água magnésica. Pode morrer-se a dois passos de um lago de água salgada. Pode morrer-se a despeito de dois litros de orvalho que conservam uns sais em suspensão. Não aceitas mistura alguma, não suportas nenhuma alteração – és uma divindade desconfiada.
Mas difundes em nós uma felicidade infinitamente simples!”
(A. St. Exupéry - Terre des Hommes)
Nada melhor que um dos meus autores preferidos para descrever o bem mais precioso que a terra oferece e sem o qual não é possível nenhuma forma de vida. Gostei. Até a água merece uma homenagem. Afinal ela é mais do que aquele simples liquido transaparente. Ela é TUDO.
Bjs
Gostei do teu comentário. O que nós fazemos à água é na verdade uma maldade. Os sucessivos governos têm falado em punições a quem polui, mas não tem passado do papel. A ribeira dos Milagres, é um exemplo. Os suinicultores têm feito todo para a puluir e ninguém é castigado. Penso que isso vai ter um fim! Um dia!
Beijos,
De
Morgaine a 6 de Abril de 2007 às 14:52
Milagres? referes-te a leiria? Deve haver montes de milagres por aí mas sei de um problema dos suinicultores em Leiria. Não sei se te referes aos mesmos Milagres. Se for,então somos quase vizinhos hehe..
a propósito tenho dado pela tua falta no citadel..tamebém tens aversão a contos compridos?
E boa Páscoa! Beijos
Querida amiga, a ribeira dos Milagres de que falei, é essa mesmo, mas não sou de Leiria. Sou de Lisboa. Não é longe. A minha ausência no citadel, deve-se ao facto de eu ter um outro blog. O endereço é o seguinte: http://carlosgomes1.multiply.com
Vai lá visitar, és benvinda, aliás, faço questão de te ver por lá.
Para ti também uma Páscoa Feliz e Beijos,
De
Morgaine a 6 de Abril de 2007 às 22:01
xiii já lá fui, nem parece um blog aquilo, é difereeenteeee. Mas reparei que tem os mesmos textos. Preferes que passe a ir ao outro? Escolhe loll.
Bjs
Querida amiga, deixo ao teu critério essa decisão.
Tu és sempre benvinda, seja neste ou no outro espaço. O que interessa é a tua presença.
Bjão,
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